quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A felicidade é apanágio dos tolos, ou daqueles que passaram a se conhecer...

Em primeiro lugar, quero dizer que esta frase não tem o objetivo de classificar quem quer que seja de maneira ofensiva ou discriminatória; tratando-se apenas de uma forma de reflexão sobre os dois tipos possíveis de seres humanos que se consideram felizes sob o crivo da verdade das verdades, em nosso poder, pois estamos em plena Fase Racional.

Então, são dois tipos de seres humanos: os que se consideram felizes porque são tolos e os que provam e comprovam que são felizes, porque passaram a se conhecer, Racionalmente.

A maioria de nós é tola ao se declarar feliz e idiota ao tentar definir sua felicidade a partir de qualquer ilusão ou engodo material: sou feliz porque tenho muita grana, tenho de tudo e nada me falta; sou feliz porque casei com a mulher mais bonita e gostosa do planeta; sou feliz porque tenho fama e sucesso...

Em suma: cada um de nós é capaz de rotular a própria felicidade a partir de coisas desse mundo que, assim como nós, passam - ou seja, vem e vão, são aparências.

Então, a felicidade, que é fundamentada ou justificada por uma ilusão material qualquer, é uma coisa; a outra coisa, é a pessoa achar realmente que é feliz por causa de uma dessas ilusões.

Como é que pode se considerar feliz um ser que vive essa vida, nesse mundo, cercado de sofrimentos e mortes por todos os lados, a toda hora, a todo instante?

Só mesmo um iludido, um idiota, um maluco, um cego de olhos abertos pode se considerar feliz num mundo que progride para a autodestruição, pelo progresso da degeneração que impera desde o começo desse mundo material! - porque tudo que tem começo, tem fim na matéria.

O Vinícius de Morais já questionava em uma de suas canções: "como é que dá pra entender: a gente mal nasce e começa a morrer?!"...

Como é que um ser que mal nasce e começa a morrer pode dizer que é feliz?!

Nasce sem saber porquê nem pra quê; sofre sem saber porquê nem pra quê; e morre sem saber porquê nem pra quê!

O magnético, energia fundamental da matéria, é que provoca esse efeito na gente - a inconsciência, que é capaz de fazer a gente acreditar que é feliz, que existe felicidade nessa vida, nesse mundo.

Não existe!

Somente momentos felizes, mas que passam, e daí, a eterna procura por coisas, ou pessoas, ou filosofias que nos aliviem o sofrimento, que nos façam felizes - ou melhor, nos iluda mais um pouquinho, que é pra gente achar que é faliz e o tempo passar mais suavemente.

É como um pilequezinho: na hora de festejar e "bebemorar" tá tudo bem, a gente é feliz, a vida é uma maravilha, as pessoas são maravilhosas, o mundo e essa vida são um paraíso!

No dia seguinte, a ressaca trata de cobrar tudo, com juros e correção, toda a ilusão de felicidade...

Isso é uma descrição singela da maioria de nós, tolos, que achamos que somos felizes.

Mas, felizes mesmo somos aqueles que passamos a nos conhecer.

Porque conhecemos e sabemos quem somos, de onde viemos, como viemos; pra onde vamos e como vamos; as causas e os porquês de tudo, sobre tudo e sobre todos.

Para aqueles que passaram a se conhecer, a felicidade existe, de verdade, com provas e comprovações!

Mais uma conversa de maluco?

É pra quem ainda não ousou se conhecer, porque quem já teve a coragem de romper com essas felicidades momentâneas e ilusórias, tudo nessa vida e nesse mundo é nulo, inclusive um rótulo assim, de maluco.

É compreensível se pensar assim, porque a gente tá cansado de tanta conversa, de tanta promessa, sejam elas filosóficas, religiosas, atividades quaisquer, o amor de outra pessoa, os bens materiais, etc, tudo conversa fiada que a gente, se ainda não se desiludiu e cansou disso tudo, está a caminho, porque o sofrimento aperta a cada dia, desmentindo de forma exemplar tudo aquilo em que vinhamos acreditando ser felicidade.

Quem ler o Livro vai entender e compreender como é tão simples a felicidade, como é tão simples a verdade e como é tão simples ser feliz.

E, ao contrário da felicidade eletromagnética, a felicidade Racional é pra todo mundo, pra tudo e pra todos.

Então, leia e compare: as felicidades que você já teve e a felicidade que é inerente ao seu Verdadeiro Ser: você vai ver que tem sido um tolo há muito tempo, mas agora, finalmente, pode se libertar e ser feliz.

A felicidade está na verdade: conheça a verdade e a verdade vai libertar você, e daí, a felicidade real, a felicidade Racional.

Leia os Livros UNIVERSO EM DESENCANTO, leia!



Glossário

*apanágio: privilégio, atributo, qualidade inerente.
*inerente: intimamente unido; que faz parte de (pessoa ou coisa); inseparável.
*tolo:
que ou quem erra por falta de inteligência; néscio; que presume muito de si; que não se sabe conduzir; que se deixa lograr.

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